Chegaram as primeiras boas notícias

Mas a pandemia não acabou

coronavirus




Chegaram as primeiras notícias sobre a redução da pressão nos hospitais. O número de infectados e o número de mortes por causa da Covid estão a diminuir. A forte queda na ocupação de camas é uma notícia positiva, mas os números continuam longe da capacidade máxima para doentes em cuidados intensivos. As boas notícias começam a circular, mas é fundamental que não se perca o ritmo da vacinação que já de si é muito lento. Por outro lado, as novas estirpes permitem perceber que o processo se vai arrastar pelos próximos anos.

É preciso aprender com esta pandemia para que, no futuro, haja capacidade de resposta mais pronta a ameaças semelhantes.


Importa também recolher toda a informação sobre a pandemia para que, um dia mais tarde, se possa perceber detalhadamente como aconteceu esta alteração radical na vida das pessoas. A mudança de expectativas, de planos, de férias, de carreiras, de negócios. Os sectores financeiros, bancários, o comércio electrónico, o negócio imobiliário, os serviços de entrega em casa, os transportes marítimos, o sector da saúde, em particular as farmacêuticas, o investimento no ouro, as grandes cadeias de distribuição cresceram. Os pacotes de televisão, internet e voz também cresceram, bem como os seus consumos, ao ponto de a qualidade ter que ser reduzida para o sinal chegar a todos os que trabalham em casa, têm aulas e ainda usam estes serviços para lazer. Em suma, os grandes negócios resistiram melhor a esta crise pandémica.

Por outro lado, os serviços de lazer em geral, restauração, hotelaria, transportes aéreos e cultura, como os teatros e museus, sofreram fortes reduções no consumo. É nestes últimos que existem boas oportunidades de investimento para rentabilizar pós-pandemia.


Mas para que tal aconteça, é necessário que o processo de vacinação decorra de forma mais rápida possível - o que poderá significar anos - e que se atinja a imunidade de grupo. Apesar da lentidão do processo de vacinação, existe um factor que não tem sido discutido e que pode estar a contribuir para a rápida diminuição de novos casos de infectados: a própria imunidade natural de uma parte da população.


A Covid não irá impor restrições para sempre.

Para os próximos anos, ficará a necessidade da utilização de máscara, o distanciamento físico, a higiene das mãos, a monitorização do vírus, o arejamento dos espaços públicos ou de trabalho e das escolas. A humanidade irá aprender a conviver com a Covid, nas próximas décadas, assim como já se habituou com outras doenças como o HIV ou a gripe e suas variantes. Este propósito tornar-se-á o grande negócio da saúde a despertar apetites de investimento.


Perante esta situação, haverá a necessidade de mudança de comportamentos não só a título pessoal, mas também do ponto de vista social. Uma nova cidadania. 


20-Fev-2021


João Pires


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