TRABALHO: Processo de redução de pessoal em 2021

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Processo de redução de pessoal em 2021

Quando está em causa o destino de um trabalhador, da sua família e a sua sustentabilidade, em favor de uma trajectória de crescimento financeiro sem fim à vista, pergunta-se:

Para onde caminhamos?

A competição pelo primeiro lugar assenta na utilização de meios que muitas vezes vão contra as pessoas. O crescimento através da incorporação de tecnologia no sistema financeiro e a adesão aos canais digitais vieram pressionar esta redução de custos, sem que tivessem sido acauteladas as pessoas. Trata-se do crescimento do capital tecnológico em detrimento dos trabalhadores e da sua matéria pensante, tornando certas funções obsoletas.

A maioria dos trabalhadores da empresa, depende maioritariamente da remuneração para fazer face às despesas do agregado familiar com alimentação, vestuário, calçado, mas também com saúde, educação, lazer e justiça. Acrescem ainda as prestações da casa e do carro.

Para trabalho igual valor igual

Os trabalhadores foram sacrificados na última década sem aumentos salariais e sem a compensação das horas de trabalho suplementar. Se a remuneração fosse proporcional ao aumento sucessivo de trabalho, então teria havido aumentos todos os anos. Para onde foram os salários que deixaram de ser pagos aos trabalhadores que no passado saíram do banco? Os trabalhadores que permaneceram na empresa apenas receberam mais trabalho.

Que importa a preocupação manifestada pela sustentabilidade do planeta, pela preservação do meio ambiente para não comprometer os recursos naturais para as gerações futuras se as pessoas forem dispensadas? Falta sustentabilidade humana. Sustentabilidade também quer dizer apoiar e conservar.

Depois de muitas horas de trabalho, de baixa produtividade, de baixos salários, da exaustão chega um novo processo de redução de pessoal.

Falta criatividade, maior responsabilidade social e coragem para encontrar soluções para lá da redução de custos por via da dispensa de pessoas.

15-06-2021

João Paulo Pires



Comentários

ANIX disse…
Partilho inteiramente do exposto no seu texto.
É uma batalha de David contra Golias. Não são os trabalhadores se deixam escravizar, mas a falta de união e iniciativa dos seus sindicatos.

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