Grécia aprova plano para despedir milhares de funcionários públicos

O governo de coligação grego, aprovou projeto-lei, para despedir milhares de trabalhadores do setor público. Protestaram milhares de trabalhadores em frente ao Parlamento, cantando slogans anti-austeridade.

Esta votação foi o primeiro grande teste para a coligação de dois partidos do primeiro-ministro Antonis Samaras, que perdeu um aliado, desde o corte abrupto da emissora estatal, no mês passado, e o deixou com uma maioria escassa de cinco lugares no parlamento de 300 lugares.

Grécia aprova plano para despedir milhares de funcionários públicos
Grécia aprova plano para despedir milhares de funcionários públicos


O projeto inclui planos extremamente polémicos com transferência e programa de rescisões para 25 mil funcionários públicos - principalmente professores e policias municipais – tendo provocado uma semana de marchas quase diárias, manifestações e greves em protesto.

Cerca de 5.000 gregos inundaram a rua, frente ao Parlamento, com a aproximação da votação, entoando algumas frases como: "Nós não vamos sucumbir, a única opção é resistir" e segurando balões pretos – a afluência às urnas foi muito menor do que nos protestos do ano passado.

"Após 12 anos de trabalho, eles despedem-nos numa noite", disse entre soluços, Patra Hatziharalampous, um guarda de escola de 52 anos de idade, em uniforme. "Se o governo grego tiver alguma coragem, devem dizer não ao resgate financeiro e recuperar alguns artigos do projeto de lei".

As reformas foram aprovadas horas da chegada a Atenas para sua primeira visita à Grécia desde a crise da dívida começou em 2009, do ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble - principal proponente da Europa da austeridade e responsabilizado por muitos gregos pelos seus problemas.

Antes da votação, Samaras anunciou o corte de impostos na Grécia desde o início da crise que dura há cerca de quatro anos, numa tentativa de acalmar os protestos de uma opinião pública cada vez mais desesperada.

"Nós não vamos relaxar", proferiu Samaras num discurso-surpresa na televisão ao anunciar que o imposto sobre o valor acrescentado (IVA) em restaurantes seria reduzido de 23% para 13%, a partir 1 de agosto.


Veja também

Despedimento coletivo (http://gestornosapo.blogspot.com/2013/07/despedimento-coletivo.html)

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