A fidúcia do dinheiro - por João Pires
A fidúcia do dinheiro Quando o dinheiro se torna vaidoso, sem modéstia e presunçoso adopta todas as cores. A cor do sangue, do suor das lágrimas, do ouro, dos diamantes, do petróleo, da inveja, da cobiça, das lavandarias, dos tráficos de influências, dos tráficos da droga , das máfias, da ambição e do poder. Pouco sobra para a vida pacata do cidadão comum. O dinheiro ganho à custa do trabalho representa uma parcela pequena neste universo. Esse dinheiro serve para pagar a alimentação, a roupa, o calçado, a saúde, a educação, a justiça e outros serviços públicos através dos impostos, bem como o direito à escolha da educação ou da saúde prestada por empresas privadas. O dinheiro também permite concretizar necessidades como umas férias merecidas depois de um ano de trabalho ou tantos desejos quanto aqueles que a sociedade de consumo moderna pode proporcionar. Se o dinheiro pode comprar prestações de serviços na saúde, não compra a saúde, se pode pagar um colégio não compr