No entanto, há uma Cidade Nova na velha Marraquexe, fora dos muros ocres da medina. As avenidas longas e retilineas revelam bairros modernos, com edifícios de arquitetura contemporânea, em betão, vidro e metal, esplanadas ao melhor estilo parisiense, cuidadas e selectas e lojas de marcas internacionais. Esta cidade limpa, ordenada e climatizada cresce à volta do seu mais famoso jardim: o Majorelle - que, tal como os bairros Guéliz e Hivernage, nada tem de típico, nem traços árabe-andaluzes. Transformado em ícone da cidade, foi mandado construir na década de 1930 por Jacques Majorelle, pintor francês que se apaixonou por Marrocos e mais tarde adquirido por Yves Saint Laurent e pelo seu sócio e companheiro Pierre Bergé. Por outro lado, Guéliz e Hivernage, habitados sobretudo por franceses reformados, ingleses, árabes e outros estrangeiros abastados, simbolizam não apenas a globalização em marcha, mas um outro estatuto social, uma nova qualidade de vida a que os marroquinos também...