A fidúcia do dinheiro - por João Pires

A fidúcia do dinheiro
 

Quando o dinheiro se torna vaidoso, sem modéstia e presunçoso adopta todas as cores. A cor do sangue, do suor das lágrimas, do ouro, dos diamantes, do petróleo, da inveja, da cobiça, das lavandarias, dos tráficos de influências, dos tráficos da droga, das máfias, da ambição e do poder.

Pouco sobra para a vida pacata do cidadão comum. O dinheiro ganho à custa do trabalho representa uma parcela pequena neste universo. Esse dinheiro serve para pagar a alimentação, a roupa, o calçado, a saúde, a educação, a justiça e outros serviços públicos através dos impostos, bem como o direito à escolha da educação ou da saúde prestada por empresas privadas.

O dinheiro também permite concretizar necessidades como umas férias merecidas depois de um ano de trabalho ou tantos desejos quanto aqueles que a sociedade de consumo moderna pode proporcionar.

Se o dinheiro pode comprar prestações de serviços na saúde, não compra a saúde, se pode pagar um colégio não compra a educação, se pode pagar a corrupção, não compra a justiça, nem compra a plenitude, a satisfação ou equilíbrio físico e psíquico.

Será que o dinheiro vai algum dia comprar alegria de viver?
Será que o dinheiro vai algum dia comprar a felicidade?

Entretanto há pessoas a morrer no local de trabalho.
Todos os dias morrem um bocadinho mais.

O dinheiro representa poder e age em função de si mesmo.
O dinheiro é egoísta.
Toda a gente o quer e alguns estão dispostos a tudo.

13-02-2020


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